(em antecipação)
A todos os amigos, desejo um feliz 20121
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A todos os amigos, desejo um feliz 20121
Mas a vida é uma coisa imensa, que não cabe numa teoria, num poema, num dogma, nem mesmo no desespero inteiro de um homem.
Miguel Torga
O crepúsculo é uma hora maravilhosa do dia e excelente para fotografar. Porém, gosto de o observar de trilhos agrestes, do relevo das rochas e do cheiro suave e secreto a terra. Gosto de pensar em coisas de outros tempos, quando as imagens se guardavam na memória, junto com os cheiros e os toques.(sem fotos de telemóvel ou máquinas fotográficas).
Gosto de recordar lugares que me lembram pessoas....e pessoas que me lembram lugares.
A escolha desta imagem recai numa ideia subjacente: o tempo não tem tempo ... nós somos tempo e espaço ... o tempo não se pode parar como se pode parar um relógio. A vida é um caminhar contínuo... e como o tempo supera o próprio tempo podemos existir para além da vida...quando o amor que deixamos se [abrigou] nos corações dos que ficaram.
Ao chegar ao carro esta manhã, deparo-me com este lindo espectáculo no vidro da frente.
Dizem que tudo o que a Humanidade abandona, a Natureza toma conta.
Fiquei a pensar se não se passará o mesmo com os amigos. É que mesmo em tempos de confinamento devemos manter uma ligação estreita aos que nos são próximos sob pena que neles possam crescer as ervinhas da indiferença e, por isso, se sintam abandonados.
Sejamos criativamente solidários.
Feliz Natal.
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Este texto é do blogue jornal de parede cujo autor é o Santiago Miral (ver link abaixo). Pedi para o partilhar porque passa uma mensagem muito forte e actual.
https://jornal-de-parede.blogs.sapo.pt/as-ervinhas-da-indiferenca-24246