Não me importa nada que me critiquem. Exactamente como não me importa nada quando me elogiam. Tanto me faz que uma pessoa me elogie como me censure. Eu considero aquilo como uma opinião pessoal e não comparo com coisa nenhuma, porque eu próprio não tenho opinião pessoal a meu respeito. Não me sinto nem herói, nem criminoso, sinto que vivo, sinto que sou.
O homem é e será sempre, responsável pelas atitudes que toma. Independentemente de ser crente, ou não, cabe-lhe, por ser um ser inteligente, respeitar os outros e lutar para que o sítio que comunga seja ou esteja livre de tudo o que for nocivo.
O homem terá de ter a capacidade de entender que não estamos sós e que esta situação é como uma corda embebida em petróleo e ateada. Quanto maior a corda, maior o incêndio. Quanto maior o incêndio, maior a probabilidade de mortes. Escolham viver e deixar viver.
Está tudo tão sem graça, É como se a vida não passasse de uma peça de maquinaria. Se assim é, se assim tiver que ser Quero poder rodar manivelas. Quero ensaiar novos ritmos de rotação. Quero saltar sobre os maus tempos. Quero ser a operadora desta vida que é a minha.
Há dias, sabes, em que gostava de ser como o gato e que me tocasses sem desejar encontrar qualquer sentimento a não ser o que se exprime num espreguiçar muito lento - um vago agradecimento? - e depois me deixasses deitada no sofá sem que nada pudesses levar da minha alma, pois nem saberias o que dela roubar.