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olhos que lêem

vou deixar-te acreditar que decifraste o meu olhar, com a certeza que de mim não sabes mais nada.

as coisas simples

04.02.21 | olhosqueleem

a preto e branco.jpg

As coisas simples dizem-se depressa; tão depressa que nem conseguimos que as ouçam. As coisas simples murmuram-se; um murmúrio tão baixo que não chega aos ouvidos de ninguém.
As coisas simples flutuam com o vento; tão alto, que não se vêem. Tão simples como o sol que bate nos teus olhos, para que os feches e as coisas simples passem como sombra sobre as tuas pálpebras.
 

(a partir de um poema de Nuno Júdice, com supressões e alterações)

Obs. Comentários abertos a seguidores. Só consigo vir aqui ao fim do dia...
 
 

um lugar tranquilo

01.02.21 | olhosqueleem

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Cada um de nós conhece um lugar assim, pleno de paz a que chamamos de nosso refúgio ou onde simplesmente gostamos de nos sentar e pensar....

Bem sei que a chuva não dá tréguas, ainda estamos no inverno e o confinamento nos obriga a estar em casa. Nestes bancos de pedra passei horas a estudar há alguns anos (muitos...no passado), mas também já me perdi por lá a ler. Não é um local aberto ao público, mas quem conhece pode ir...há um chá ou um café que é oferecido aos visitantes. Nada é pago. Mas se quiser pode sempre deixar uma(s) moeda(s) antes de abandonar o espaço.

Sem nenhum egoísmo, porque me é pedida confidencialidade um dia prometo que vos revelo onde é este lugar que chamo de meu. Gosto da mesa onde as camélias nos caem em cima como se vê na imagem...gosto da simplicidade, da beleza e da paz que ali se reúnem. Ninguém fala a plenos pulmões, mas num murmúrio suave que não perturbe os outros.

E é verdade as árvores estão a precisar de ser podadas, os recantos do jardim cuidados...mas há valores mais nobres que passam a primeiro plano.

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