nos sonhos somos nós quem manda
Há uma estrada de assombro onde a noite teima em se deitar comigo. E ficamos assim, olhando-nos desconfiadas entre palavras de prata e silêncios de ouro. Um dia ganho coragem, aconchego-me ao tronco das árvores, ouço o canto enfeitiçado dos faunos e aguardo por ti. Deixamos que o sol se despeça do dia e de mansinho estenda sobre nós leves lençóis de brumas. E quando o reino já não for deste mundo, seremos o que quisermos, porque nos sonhos somos nós quem manda.